Falar de Arouca é falar de um trecho da História contemporânea mundial. Esta vila foi palco de importantes movimentações durante a segunda Guerra Mundial. Aqui existia Ouro Negro. Referimo-nos ao Volfrâmio, um minério escuro e brilhante, que, depois de fundido, dá origem ao tungsténio. Uma liga que, quando acrescentada ao aço, o torna mais resistente, e que pode ser utilizada para fazer armamento.
Este minério foi muito importante durante a segunda Guerra mundial, onde as forças aliadas e as forças do eixo o disputavam lado a lado. Em Arouca, existiam duas grandes explorações, a de Regoufe dos ingleses e a de Rio de Frades, dos alemães.
Em Regoufe a licença de exploração é de 1915, mas o auge da sua exploração acontece justamente no período de guerra, em 1941, pela Companhia Portuguesa de Minas, administrada por ingleses. A Companhia inglesa, como ficou conhecida entre os populares, foi responsável por melhoramentos na aldeia, nomeadamente pela abertura da estrada, instalação de telefone e eletricidade. Estes melhoramentos resultam da necessidade de fazer face à Companhia alemã, numa tentativa de bloquear o acesso ao volfrâmio.
O complexo era composto por instalações técnicas e administrativas, residências e galerias. Nos dias de hoje, conseguimos observar que o local está abandonado após a presença dos ingleses. No entanto, ainda são percetíveis as instalações técnicas e administrativas, com destaque para o edifício de dois andares, assim como as construções residenciais, sanitárias, clube, venda e uma pequena cavalariça.
Este local é acessível através de uma pequena caminhada.
Lugar de Regoufe
4540-284 Covêlo de Paivó e Janarde
Arouca