Rio de Frades


Rio de Frades é uma pequena aldeia da freguesia de Cabreiros e Albergaria da Serra, esquecida na Serra da Freita, desde o tempo da II Guerra Mundial. Por aqui e por ali, ruínas fantasma de um passado mineiro fundem-se com a estrutura rural e com as gentes serranas, que ainda por aí subsistem. Fica situado no fundo de um vale e, segundo diziam os antepassados, o nome vem do tempo da extinção das ordens religiosas em Portugal, uma vez que alguns fugitivos, elementos do clero, encontraram ali o seu refúgio. Todavia, desconhece-se se foi o rio que deu o nome à aldeia ou a aldeia que deu o nome ao rio.

É uma aldeia profundamente marcada pela exploração do volfrâmio, durante a 2ª guerra mundial. Porém, terá sido fundada muito antes, em meados do século XIX, pois há casas em que figuram datas dessa altura e, até num palheiro, aparece a inscrição 1808.

Além da exploração do volfrâmio, também a emigração para o Brasil teve aqui um forte impacto, principalmente no início do século XX. Mais tarde, já nos anos 60, começou a emigração para França. Atualmente, a aldeia encontra-se muito desertificada, sendo quase todos os residentes de idade avançada e alguns emigrantes que regressaram à sua terra natal.

Para visitar Rio de Frades, estacione o carro num pequeno largo, antes de atravessar a ponte que dá acesso à aldeia. Logo após a ponte, encontra uma casa típica de alojamento local. Aqui pode comprar   artesanato regional e até a história das minas, em formato de papel, uma edição que saiu em revista, em 2017. Pode, ainda, admirar as verdadeiras pedras de volfrâmio ou as falsas que, na altura, enganavam muita gente. Percorra as ruelas, com as suas casas reconstruídas. Vale a pena a visita.

Para conhecer o complexo mineiro, continue na estrada onde deixou o carro. No final dessa estrada, estacione e siga, a pé, o trajeto sinalizado como “Caminho do Carteiro”. Pouco depois, vai deixar esse trilho e encontrará indicações para o túnel. É um percurso fácil. Pelo caminho pode ver algumas construções em ruínas, que faziam parte do complexo mineiro.

O túnel faz parte da antiga galeria mineira denominada Vale da Cerdeira, que foi a mais produtiva em volfrâmio do Couto Mineiro e é possível atravessá-la, em segurança, percorrendo uma distância de 400 metros.  Convém levar lanternas porque, apesar de haver luz ao fundo do túnel, na realidade é mesmo escuro. Durante a travessia pode ver algumas galerias e as escoras que seguram a mina. À entrada da mina, encontra a imagem de Santa Bárbara protetora dos mineiros e das trovoadas e chuvas fortes.

À saída do túnel, pode admirar, de imediato, numa ribeira afluente do Rio de Frades, uma bela cascata de águas cristalinas e, assim, desfrutar da Natureza em estado puro.  Mas, se continuar o percurso, vai encontrar outras cascatas e lagoas de uma beleza indescritível! O cenário é brutal, único, sem dúvida o melhor que a natureza pode oferecer. Também as características geológicas de Rio de Frades fazem destas cascatas lugares elegíveis para a prática de canyoning.

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