Arouca Geopark

Entende-se por geoparque uma área de território, rica em património natural e cultural, capaz de suportar estratégias de desenvolvimento sustentável. Como tal, e porque ė detentor de sítios e paisagens de destaque geológico, pode ser reconhecido e classificado como Geoparque Mundial da UNESCO. Não é delimitado por barreiras físicas nem o seu acesso implica o pagamento de entrada ou horário de funcionamento.

Do ponto de vista turístico, é um destino apetecível, já que permite visitar e conhecer a cultura resultante da interação do meio natural com o meio social.  Um Geoparque Mundial da UNESCO transfere aos seus habitantes um sentimento de orgulho na sua região e solidifica a sua identificação com o território.

Um geoparque é um parque geológico?

Um geoparque não é um parque geológico! Mas para ser reconhecido e classificado como geoparque é imprescindível apresentar património geológico de relevância internacional, uma vez que um dos seus objetivos é explorar as interações entre o património geológico, outros aspetos do património natural e o património cultural do território, em prol do desenvolvimento sustentável.

Assim, um geoparque não é um parque fisicamente delimitado que trata apenas de conhecimento e fenómenos relacionados com a Geologia. Um geoparque é uma dimensão onde elementos físicos e virtuais interagem.

O Arouca Geopark

Com uma área de 328 km2, o Arouca Geopark corresponde exatamente aos limites do concelho de Arouca (distrito de Aveiro), tendo sido reconhecido e posteriormente classificado como geoparque, em 2009, pelo seu excecional património geológico, composto por 41 sítios de interesse, dos quais se destacam os fósseis de trilobites gigantes e as Pedras Parideiras.

Trilobites gigantes

Arouca é “terra das maiores trilobites do mundo” e a prova disso é o alto teor fóssil das ardósias que revelam trilobites de dimensões gigantes, cujo destaque vai para os 90cm de comprimento de um dos exemplares aqui encontrados.

Pedras Parideiras

Correspondem a um afloramento granítico que contém notável abundância de nódulos de biotite incrustados (com dimensão entre 1 e 12 cm de diâmetro), que se vão destacando da “rocha-mãe”, por ação de agentes erosivos.

Fenómeno raro no mundo (sendo este único pela sua composição), inspirou uma lenda popular que atribui aos pequenos nódulos poderes de fertilidade, já que se observam “pedras a parir outras pedras”.