Todos os anos, no mês de julho, fazemos uma viagem no tempo e recuamos à época em que as freiras habitavam o convento. São três dias cheios de história e de histórias!
No cadeiral, as freiras dedicam-se à oração, regem a sua vida na sala do capítulo, dedicam-se aos trabalhos artísticos e aos cuidados médicos. As noviças renunciam às vaidades mundanas, fazendo o corte dos seus cabelos e despojando-se das suas roupas profanas. Retratam-se episódios das invasões francesas e das lutas liberais, bem como episódios da vida religiosa, como a eleição da abadessa.
De todo o lado chegam individualidades, o povo canta e dança, enquanto descansa dos seus trabalhos. Os artesãos misturam-se com os vendedores de produtos frescos. Os que sentem fome, entram nas tabernas para consolar o estômago.
Apesar da distância, sentem-se as repercussões do mais destruidor sismo registado em Portugal, o terramoto de 1755, em Lisboa. Também se revive o grande incêndio que lavrou no Mosteiro. As freiras, dominadas pela aflição, pedem a intercessão de Dons Mafalda
No exterior do convento, predomina a animação ruidosa de bombos, saltimbancos e músicos. A música ecoa à volta do mosteiro. Contudo, este ambiente de festa é perturbado por doenças desconhecidas para as quais os entendidos tentam encontrar a cura.
O final apoteótico regista-se no domingo, com o despique de duas bandas e com ao entoação do Hino de Arouca por todas as personagens e por todos os figurantes envolvidos. São momentos únicos, que nos transportam, sem dúvida, para uma maravilhosa viagem no tempo! Faça parte desta viagem!
Informações
Normalmente realiza-se na 2ª ou 3ª semana de Julho.
Câmara Municipal de Arouca
Meados de Julho