Complexo Mineiro de Rio de Frades

Durante a Segunda Guerra Mundial, das entranhas da terra de Rio de Frades saíram grandes quantidades de Ouro Negro. Falamos do único local em Portugal dedicado à extração de tungsténio dos alemães. Situado na freguesia de Moldes, este local, rico em volfrâmio, foi importante para manter a máquina de guerra das forças do eixo. Aconselhamos uma visita demorada a este espaço que preserva ainda muitos dos edifícios dedicados à exploração.

Situado a escassos quilómetros da exploração inglesa de Regoufe, este foi um importante reduto para Hitler ter acesso ao tungsténio, que, quando acrescentado ao aço, o tornava mais resistente para ser utilizado na produção de armamento.

A funcionar desde 1915, o complexo de Rio de Frades conheceu uma maior atividade a partir do período da Segunda Guerra Mundial. A Companhia alemã, como ficou conhecida, foi fundada em 1923 e teve forte expressão nesta região. Aqui trabalharam mais de 3000 pessoas, fora aqueles que faziam a extração de forma ilegal, conhecidos por pilhas.

Trata-se de um complexo muito desenvolvido, cujos alemães foram responsáveis por numerosos melhoramentos. Entre eles destacam-se um posto de transformação elétrica, um quartel provisório da GNR, posto de socorro, consultório médico, cantina, barbearia, balneário e saneamento.

Atualmente, conseguimos ver as ruínas deste império construído pelos alemães. Aqui, chamamos à atenção de três espaços: a aldeia de xisto; o bairro de cima, composto pelas casas dos operários;  o núcleo principal, no fundo do vale, onde podemos ver o edifício do escritório, posto de socorro consultório médico, lavaria, tanques de decantação, oficinas e outras instalações técnicas e, ainda, a capela de Santa Bárbara, em estado de ruínas.

Para visitar este complexo, deverá deixar o carro no lugar de Rio de Frades e percorrer todo este espaço a pé.